Automação ajuda, mas não resolve a inadimplência sozinha.

No discurso, parece simples: "coloque um sistema de cobrança e o dinheiro começa a entrar no dia certo". Mas na prática, muitos provedores descobrem que automatizar sem estratégia é como ligar o piloto automático sem saber se o avião está abastecido.

Dezenas de relatórios de provedores analisados pela Boreal em 2024 mostram um padrão recorrente: mesmo com cobrança automatizada, a inadimplência segue alta — e oscila entre 45% e 59%, especialmente nos meses de janeiro, julho e novembro.

O motivo? Falta de personalização, baixa integração com o ERP e ausência de análise do perfil do cliente. Neste artigo, você vai entender os 3 principais alertas antes de terceirizar ou automatizar sua régua de cobrança — e como estruturar um modelo que realmente funcione para o seu perfil de operação.

1. Automatizar sem entender seu perfil de inadimplência

Cada provedor tem um comportamento diferente de atraso: alguns concentram 80% dos atrasos até o 5º dia útil, outros passam dos 15 dias com regularidade.

📉 Se você automatiza com base em templates genéricos, está tratando clientes diferentes com a mesma régua — e isso gera ruído.

🔍 Dica prática: Antes de qualquer automação, analise:

• Faixas de atraso mais recorrentes
• Perfil de cliente (residencial, empresarial, governo)
• Picos sazonais (jan/fev = sobrecarga financeira familiar; jul = férias; nov/dez = consumo e 13º)

📚 Segundo o blog CreditoeCobranca.com, o sucesso de uma régua depende da segmentação e da cadência correta por tipo de cliente e momento do mês. Isso não vem pronto de fábrica: exige leitura da sua operação.

Com base nisso, desenhe régua A, B e C — e só depois automatize. E revise essa régua pelo menos uma vez por trimestre.

2. Terceirizar sem manter visibilidade

Muitas empresas de cobrança automatizada prometem “deixe conosco e receba no dia certo”. Mas nem sempre te mostram:

• Quem pagou por insistência do sistema ou por relacionamento?
• Quais clientes foram acionados — e como?
• Quais indicadores melhoraram de fato?

⚠️ A terceirização que tira sua visibilidade tira sua autonomia de decisão.

💡 Recomendo:

• Solicite relatórios detalhados de conversão por fase da régua
• Integre a régua com seu ERP/CRM para cruzar com histórico
• Crie alertas para inadimplência acumulada acima da média

📊 Nos modelos da Isaac, a régua é acompanhada com dashboards semanais e ajustes conforme variação de % de atraso e curva de retorno. O controle é ativo — e o time financeiro enxerga cada etapa.

Terceirizar não pode ser igual a “desligar os olhos”. Tem que ser parceria.

3. Achar que automação substitui análise humana

Automação reduz esforço. Mas não substitui leitura de contexto.

📊 Muitos dos piores casos de inadimplência vêm de perfis que pareciam bons. Cliente antigo, com histórico positivo — que parou de pagar sem sinal prévio.

Esses sinais não são captados por scripts. Mas podem ser vistos por quem analisa o financeiro com atenção.

Em uma análise da Boreal com mais de 10 provedores, o pico de atrasos entre os dias 7 e 15 aumentou em meses pós-expansão de base, sem que a régua de cobrança tivesse sido ajustada. A automação não entendeu o movimento. O analista, sim.

🧠 A Boreal acompanha dezenas de provedores que automatizam sem perder visão estratégica: olhando inadimplência acumulada, atraso médio e sazonalidade — e atuando com antecipação financeira quando o risco aumenta.

Veja como estruturar o modelo ideal para seu perfil de operação

A cobrança automatizada funciona. Mas só funciona bem quando está alinhada com a realidade do seu cliente, do seu fluxo e do seu controle.

Antes de terceirizar, diagnostique. Antes de automatizar, analise.

A Boreal pode te ajudar com dados, insights e soluções que antecipam caixa e protegem sua operação — mesmo quando o boleto atrasa.